Paläbala significa ‘‘borboleta’’ na língua Kali’na. Quando ela aparece, é sinal que visitantes estão chegando.
Paläbala é o primeiro projeto de turismo de base comunitária em território indígena em Oiapoque (AP). Em uma experiência única, o turista é convidado a conhecer a Aldeia Galibi, aprender sobre sua história, organização social e relação com o território e a natureza. O passeio inclui atividades na aldeia, na mata e no rio, equilibrando caminhadas, descanso e contemplação da beleza natural da Amazônia. Uma experiência autêntica e enriquecedora, que revela a visão e o saber dos povos indígenas da região.
O município de Oiapoque (AP) abriga três Terras Indígenas – Galibi, Juminã e Uaçá-, onde habitam mais de 10 mil indígenas das etnias Palikur, Karipuna, Galibi Marworno e Galibi Kali’na. O povo Kali’na, fundador da aldeia Galibi, é descendente da imigração ocorrida em 1950, quando 36 famílias vieram para o Brasil, migrando da Guiana Francesa e do Suriname. Hoje, a aldeia é multiétnica: abriga filhos, netos e bisnetos dessas famílias, além dos demais povos da região. A comunidade preserva suas tradições e conhecimentos, que podem ser vivenciados por meio do percurso Paläbala.
O Turismo de Base Comunitária (TBC) tem como objetivo melhorar a vida das pessoas e a economia local, promovendo também a conservação do meio ambiente e da cultura. Envolve projetos desenvolvidos pela própria comunidade, que fortalecem a mão de obra e fornecedores locais e contribuem para a conservação dos territórios e a valorização das práticas culturais dos destinos.
No Turismo Indígena, são os indígenas que estão à frente como protagonistas, e as iniciativas respeitam as dinâmicas tradicionais de uso do território e o calendário social e ecológico. Principalmente, valorizam os modos de vida de cada povo e a relação ancestral com seu território.
No projeto de turismo Paläbala toda a gestão do projeto é feita pela Associação Indígena Na’na Kali’na. Os valores foram discutidos coletivamente, buscando garantir uma remuneração justa para os participantes e reverter o máximo de verba para a comunidade. Além do fundo comunitário, existe um rodízio para garantir que todas as famílias participem do projeto e sejam beneficiadas.
O Plano de Visitação foi aprovado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e está de acordo com a Instrução Normativa (IN) Nº 03/2015
Consulte para saber os valores dos roteiros de 1 ou 2 dias
Vamos aprender com o turismo, ter mais conhecimento. E vai trazer benefícios para os jovens e para todo mundo dentro da aldeia.
O turismo é importante porque valoriza a nossa cultura, a nossa convivência com a natureza. Eu ando sozinho na mata, sei a beleza que tem. A gente aprende com eles e eles com a gente.
É uma forma de buscar autonomia financeira, e apresentar nosso território para fora. Dar mais visibilidade pode ajudar a diminuir a invasão dentro do nosso território.
Estamos dispostos a entender melhor e viver essa experiência de trabalhar com o Turismo de Base Comunitária e podemos fazer várias iniciativas: a geração de renda, a divulgação da nossa cultura, a proteção do nosso território, o fortalecimento da nossa língua, trabalhar o artesanato como forma de preservar e garantir que as novas gerações também aprendam e tenham acesso a tudo isso. Ter turistas dentro da comunidade é uma responsabilidade grande, temos total conhecimento com relação a isso.
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